Associação Espírita Mensageiros da Vida Eterna
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domingo, 28 de agosto de 2011

Edgar Morin - Cabeça "Careca" e Benfeita



“Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo” (Espírito Verdade, Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo VI, item 5, último parágrafo).
A instrução de que falou o Amigo espiritual não era, evidentemente, a busca por informações ligadas ao espritismo, mesmo porque, nessa época, a literatura espírita ainda estava começando, diferentemente de hoje, onde a bibliografia é vastíssima e para todos os paladares. A instrução, ali tratada, cuida do ato de se aculturar de maneira geral. É ler de tudo e se interessar por tudo. Mas essa fome por conhecimento deve ser saciada com a ajuda dos dois talheres básicos. O primeiro é o garfo, ou melhor, o foco. Saber o que se quer é indispensável, pois temos, por "culpa" da internet, vastíssimo banquete de informações à distância de um click. Já a faca serve para separarmos, daquilo que foi garfado, o que presta do que não presta. Aqui exercitamos o nosso poder de discernimento (="faculdade de separar as coisas de forma clara e sensatamente"). Pois bem. Uma fonte de instrução excelente é a obra de Edgar Morin -- esse tiozinho da foto, rs -- que é um filósofo francês famoso por ter uma cabeça benfeita. Esse, a propósito, o título de seu livro mais famoso, disponível, claro, na internet (mas digitem "bem-feita" pois as regras ortográficas mudaram mas a capa do livro ainda não!). E para atiçar o apetite, ou melhor, a curiosidade, segue um delicioso aperitivo dessa obra. Bon appétit!

"Uma cabeça bem-feita é uma cabeça apta a organizar os conhecimentos e, com isso, evitar sua acumulação estéril".

Conhecer o humano não é separá-lo do Universo, mas situá-lo nele. Como vimos no capítulo anterior, todo conhecimento, para ser pertinente, deve contextualizar seu objeto. “Quem somos nós?” é inseparável de “Onde estamos, de onde viemos, para onde vamos?”. Pascal já nos havia situado, corretamente, entre dois infinitos, o que foi amplamente confirmado no século XX pela dupla evolução da Microfísica e da Astrofísica.

Nós, viventes, e, por conseguinte, humanos, filhos das águas, da Terra e do Sol, somos um feto da diáspora cósmica, algumas migalhas da existência solar, uma ínfima brotação da existência terrestre.

Estamos, a um só tempo, dentro e fora da natureza. Somos seres, simultaneamente, cósmicos, físicos, biológicos, culturais, cerebrais, espirituais... Somos filhos do cosmo, mas, até em conseqüência de nossa humanidade, nossa cultura, nosso espírito, nossa consciência, tornamo-nos estranhos a esse cosmo do qual continuamos secretamente íntimos.

À maneira de um ponto de holograma, trazemos, no âmago de nossa singularidade, não apenas toda a humanidade, toda a vida, mas também quase todo o cosmo, incluso seu mistério, que, sem dúvida, jaz no fundo da natureza humana".

"O aprendizado da vida deve dar consciência de que a verdadeira vida”, para usar a expressão de Rimbaud, não está tanto nas necessidades utilitárias – às quais ninguém consegue escapar –, mas na plenitude de si e na qualidade poética da existência, porque viver exige, de cada um, lucidez e compreensão ao mesmo tempo, e, mais amplamente, a mobilização de todas as aptidões humanas".

"Conhecer e pensar não é chegar a uma verdade absolutamente certa, mas dialogar com a incerteza. De modo que a consciência da História deve servir não só para reconhecermos os caracteres, ao mesmo tempo determinados e aleatórios do destino humano, mas também para nos abrirmos à incerteza do futuro".

"Cada um deve estar plenamente consciente de que sua própria vida é uma aventura, mesmo quando se imagina encerrado em uma segurança burocrática; todo destino humano implica uma incerteza irredutível, até na absoluta certeza, que é a da morte, pois ignoramos a data. Cada um deve estar plenamente consciente de participar da aventura da humanidade, que se lançou no desconhecido em velocidade, de agora em diante, acelerada.

A comunidade planetária tem seu inimigo, mas a diferença radical é que o inimigo está em nós mesmos e é difícil reconhecê-lo e enfrentá-lo. O resultado disso é que estamos apenas engatinhando nessas tomadas de consciência e novas solidariedades".

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Workshop - Obsessão e Desobsessão - Sérgio Pelicano


Neste sábado (27), a paritr das 14h30 horas, estaremos na companhia do Augusto Sérgio Pelicano que nos falará sobre o processo obsessivo e suas peculiaridades. Serve para todos, trabalhadores ou não, até porque vivemos numa socidedade complexa formada também -- diria principalmente, pois são a maioria -- por seres extrafísicos, e precisamos aprender a conviver com essas criaturas.
A entrada é franca, mas, se quiserem, tragam 1 kg de alimento não perecível (menos sal e açúcar) para montarmos algumas cestas básicas.
Programação: Abertura com oração - Primeira parte da exposição - Coffe Break - Segunda parte da exposição - Encerramento com sorteio de um presente.
Esperamos vocês!
Namastê.